Nova técnica de imunoterapia apresenta regressão superior a 30% em melanoma

Método utiliza células vivas de defesa do organismo como droga

A agência de vigilância sanitária FDA (Food and Drug Administration) aprovou uma nova técnica de imunoterapia para tratar o melanoma, câncer de pele que começa nas células produtoras de pigmento da pele. Um estudo com 73 participantes registrou 31,5% de regressão da doença.

Denominado lifileucel, nesse método há transferência celular adotiva (ACT). Assim, utiliza-se os linfócitos infiltrantes de tumor (TILs) do paciente, que são isolados de uma célula doente em crescimento e ressecada. O procedimento é realizado em laboratório.

Esses TILs são um “fármaco vivo” capaz de proliferar milhares de vezes. A técnica deve ser utilizada em pacientes adultos com melanoma avançado resistente a outros tratamentos.

A capacidade da transferência celular adotiva, usando linfócitos infiltrantes de tumor, de regredir o câncer foi relatada, pela primeira vez, em camundongos em 1986 e, em humanos em 1988. 

Foram realizados testes em 192 participantes diagnosticados com melanoma metastático, que receberam TILs. Em 56% dos casos, houve regressão da doença. Já em 25%, a regressão foi completa.

Após 7 anos de acompanhamento, verificou-se que de 48 pacientes, 46 já não estavam mais doentes. Somente dois pacientes registraram a reincidência do câncer.

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