Vacina contra herpes-zoster pode reduzir risco de demência, aponta estudo

Imunizados apresentaram menor incidência de Alzheimer e outros declínios cognitivos

Um estudo recente sugere que a vacina contra o herpes-zoster, também conhecido como cobreiro, pode estar associada a uma redução no risco de desenvolver demência. A pesquisa, publicada na revista científica Nature, analisou dados de milhares de pacientes e observou que aqueles imunizados contra o vírus apresentaram menor incidência de condições como Alzheimer e outros tipos de declínio cognitivo. Os resultados indicam uma possível relação entre a infecção pelo vírus e o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.

A hipótese dos cientistas é que o vírus da herpes-zoster, que permanece latente no organismo após a catapora, possa desencadear processos inflamatórios que afetam o cérebro ao longo dos anos. A vacina, ao prevenir a reativação do vírus, poderia ajudar a proteger as funções cognitivas. O estudo ainda não estabelece uma relação de causa e efeito, mas os dados são considerados promissores para novas investigações sobre a conexão entre infecções virais e demência.

Os pesquisadores destacam que a vacina, já amplamente utilizada para prevenir o herpes-zoster em idosos, pode ter um benefício adicional inesperado. “Se comprovada a relação, a imunização pode se tornar uma estratégia importante na prevenção da demência”, afirmou um dos autores do estudo. Atualmente, a demência afeta milhões de pessoas no mundo, e qualquer medida que possa retardar ou evitar seu surgimento é vista com otimismo pela comunidade científica.

Embora sejam necessários mais estudos para confirmar os achados, especialistas reforçam a importância da vacinação, especialmente em grupos de risco. O herpes-zoster pode causar complicações graves, como neuralgia pós-herpética, e a vacina já é recomendada para pessoas acima de 50 anos. Agora, com a possível proteção contra a demência, a imunização ganha ainda mais relevância na saúde pública. Enquanto novas pesquisas são conduzidas, médicos sugerem que a população mantenha a carteira de vacinação em dia.

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