Uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina detectou uma substância análoga à anfetamina em 10 amostras diferentes de cigarros eletrônicos, mais conhecidos como vape. A pesquisa e análise foi realizada em parceria com a polícia científica do estado.
A octodrina é um tipo dessa substância, já que existe uma grande diversidade de substâncias no grupo das anfetaminas.
“O fato é que todas agem de forma semelhante no sistema nervoso central: deixando o indivíduo mais agitado, mais animado, mais excitado. Por outro lado, também pode causar dano no coração”, explicou a pesquisadora e professora da Federal de Santa Catarina, Camila Marchioni.
Outro ponto destacado pela pesquisadora é a proibição pela Anvisa da propaganda e comercialização dos dispositivos no Brasil.
“Esses dispositivos chegam de forma ilegal, portanto, não há nenhum tipo de controle de qualidade. Não há nenhum rigor que controle o que pode e o que não pode ter ali dentro. Então, pode ter outras substâncias que não estão descritas no rótulo, como é o caso da octodrina que encontramos, ou pode ter também elevadas concentrações de nicotina”, acrescentou.
Apesar de proibidos, segundo pesquisas mais recentes, há 2 milhões de usuários dos cigarros eletrônicos no país.
