Nesta terça-feira (02/07), uma influenciadora digital faleceu em decorrência de um procedimento estético. O óbito ocorreu 10 dias após ela aplicar uma injeção de Polimetilmetacrilato (PMMA) para correção estética de glúteos. Segundo informações, a profissional não é habilitada. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Anvisa se pronunciaram sobre o caso.
A SBD alerta que antes de realizar qualquer procedimento estético invasivo, é preciso certificar-se se o profissional escolhido é médico, habilitado e com situação regular no Conselho Regional de Medicina (CRM).
“Vale ressaltar que biomedicina e medicina são profissões distintas, ambas regulamentadas e com suas competências estabelecidas por lei. Procedimentos que necessitam da utilização da substância PMMA devem ser indicados e realizados por médicos, pois podem produzir resultados imprevisíveis e indesejáveis, incluindo reações incuráveis e persistentes”, destacou a SBD.
O uso da substância pode causar reações imediatas ou em curto prazo, como: edemas locais, processos inflamatórios, reações alérgicas e formação de granuloma; e tardias, muitos anos após a realização da injeção.
Ambas as entidades ressaltaram a importância do PMMA para o tratamento de lipoatrofias severas, como por exemplo em alguns pacientes que convivem com HIV/AIDS.
“Do ponto de vista da saúde pública, vale destacar que a prática da medicina e realização de tratamentos devem ser feitos em estabelecimentos de saúde, como consultórios médicos, clínicas e hospitais, locais onde é possível observar os quesitos de biossegurança dos procedimentos”, ressaltou a SBD.
Quanto à regulamentação, todos os produtos utilizados em procedimentos médicos e estéticos no Brasil devem possuir registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), garantindo segurança, eficácia e qualidade. A aplicação do PMMA é restrita a profissionais médicos habilitados, seguindo rigorosas orientações de dosagem e técnicas de aplicação estabelecidas pela Agência.