A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) aprovou, nesta terça-feira (02/07), o uso do donanemab (vendido com o nome Kisunla). O medicamento mostrou eficácia no retardamento da progressão do Alzheimer em pessoas nos estágios iniciais da doença.
De acordo com a fabricante, as injeções do remédio reduziram em 61% as placas amiloides durante seis meses de tratamento, em 80% aos 12 meses e 84% em um ano e meio. Assim como se mostrou eficaz em retardar o declínio cognitivo e funcional em até 35% durante 18 meses de tratamento.
Nos Estados Unidos, o medicamento será vendido pelo valor de 12 mil a 48 mil dólares. Já no Brasil, a droga está sob avaliação regulatória da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde outubro de 2023 e não há previsão de quando ela deve chegar ao mercado do país.
“Os dados do estudo clínico demonstraram, de forma convincente, que o Kisunla reduz a taxa de declínio cognitivo e funcional em pacientes nos estágios de comprometimento cognitivo leve e demência leve do Alzheimer”, afirmou Teresa Buracchio, diretora do Escritório de Neurociência no Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA.
O donanemab é um anticorpo projetado para eliminar uma substância chamada beta-amilóide, que se acumula nos espaços entre as células cerebrais, formando placas que são características da doença de Alzheimer.