Pressão alta não tratada aos 60 anos aumenta risco de Alzheimer, aponta estudo

Medidas simples, como uso de medicamentos para hipertensão, podem reduzir esse risco

Um estudo da University of New South Wales, na Austrália, revelou que a pressão alta não tratada durante a faixa dos 60 anos pode aumentar significativamente o risco de desenvolver Alzheimer no futuro. A boa notícia é que medidas simples, como o controle da hipertensão por meio de medicamentos, podem reduzir esse risco, segundo os pesquisadores.

A pesquisa analisou dados de mais de 31.000 pessoas de diversas nacionalidades, incluindo os Estados Unidos, que participaram de 14 estudos sobre mudanças cognitivas e diagnósticos de demência ao longo do tempo. Os resultados indicaram que o uso de medicamentos para pressão arterial foi associado a uma menor probabilidade de desenvolver Alzheimer, reforçando a importância do tratamento contínuo da hipertensão na terceira idade.

Durante o período médio de acompanhamento de quatro anos, 1.415 participantes foram diagnosticados com Alzheimer. Entre eles, 9% apresentavam pressão alta sem tratamento, enquanto 51% faziam uso de medicamentos para hipertensão, 36% tinham pressão arterial normal e 4% estavam em uma condição indefinida.

Os dados mostraram que indivíduos com hipertensão não tratada tinham um risco 36% maior de desenvolver Alzheimer em comparação com aqueles com pressão arterial saudável. Além disso, o risco era 42% maior em relação aos que já faziam uso de medicamentos para controlar a pressão, reforçando a importância da prevenção e do acompanhamento médico para a saúde cerebral ao longo da vida.

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