Um estudo, feito na Universidade de São Paulo (USP), encontrou microplástico no cérebro de oito corpos de 15 analisados. De acordo com os pesquisadores, foi a primeira vez que o resíduo foi encontrado nesse órgão. A análise contou com a parceria da Universidade Livre de Berlim e com o apoio da Universidade de Campinas (Unicamp).
O resíduo mais comum encontrado foi o polipropileno, usado em roupas, embalagens de alimentos e garrafas. O estudo ainda destacou que este é um sinal de alerta máximo para o risco do uso de plástico na rotina humana.
A ideia do estudo era verificar se os resíduos seriam capazes de chegar ao cérebro humano, já que o órgão é mais protegido do que o pulmão, por exemplo, onde já foram encontradas as partículas em 2022 pelo mesmo grupo de pesquisa.
A hipótese dos cientistas é que os microplásticos foram parar no cérebro através da respiração, já que estavam no bulbo olfatório, local do órgão onde são processados os cheiros que sentimos.
Já existem pesquisas que alertam sobre o quanto essas partículas são prejudiciais ao organismo humano, mas ainda não há evidências científicas sobre seu efeito no cérebro, uma vez que a análise dos danos só é possível após o óbito.