Em comparação ao ano anterior, o Brasil registrou, em 2023, um aumento de 10,6% no número de internações hospitalares causadas pelo vírus varicela zoster. No período, foram registrados 2,6 mil casos. As informações são do Ministério da Saúde, via DataSUS.
A herpes zoster é causada pela reativação do vírus citado, que é adquirido ainda na infância e pode estar presente no organismo de cerca de 94% dos brasileiros adultos.
O sintoma mais característico da doença é o surgimento de lesões na pele que seguem os trajetos dos nervos, sendo mais comuns no tórax, no abdômen e no rosto. As dores são descritas como uma sensação de queimadura, dor latejante, cortante ou penetrante, formigamento e agulhadas, ardor e coceiras. A doença causa ainda a erupção de pequenas bolhas agrupadas na pele, febre, dor de cabeça e mal-estar.
Entre as sequelas da herpes zoster estão: comprometimento do nervo trigêmeo, particularmente do ramo oftálmico, podendo danificar a córnea; paralisia de Bell, levando à distorção do rosto; e comprometimento do nervo geniculado, devido às lesões no nervo facial e auditivo, podendo ocorrer zumbidos, vertigem e distúrbio de audição.
Para evitar a doença, é importante se vacinar contra ela, sendo que seu imunizante é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Sua indicação é para pessoas com mais de 50 anos. A imunização é eficaz contra a herpes tipo 3 (zoster), e ajuda a diminuir a dor aguda e crônica.
Envelhecimento da população
Acredita-se que a alta no diagnóstico da herpes zoster pode estar relacionada ao envelhecimento da população, uma vez que o total de idosos no Brasil cresceu 57,4% em 12 anos, segundo o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
