Um modelo de IA fundamental desenvolvido pela Alphabet Inc.’s Google usa sinais sonoros para prever sinais precoces de doenças. A tecnologia pode ser integrada em um smartphone e monitorar populações de alto risco em geografias desafiadoras. Esse sistema já está ajudando a combater a tuberculose.
O Google treinou seu modelo de IA com 300 milhões de amostras de áudio de todo o mundo, incluindo tosses, fungadas, espirros e respiração. Os sons do corpo estão repletos de informações sobre nosso bem-estar, contendo pistas quase imperceptíveis que podem ajudar a detectar, diagnosticar e gerenciar condições de saúde.
A IA detecta sinais precoces com base em sutis diferenças nos padrões de tosse, ajudando a classificar os pacientes e alinhá-los para investigações e tratamentos adicionais, disse Shravya Shetty, diretora de engenharia de pesquisa do Google, com sede em Mountain View, Califórnia. O objetivo é capacitar as ferramentas para ajudar até mesmo pessoas com treinamento limitado a realizar triagens de doenças respiratórias, ela diz.
Mas há desafios. Embora a nova tecnologia esteja animando médicos no campo ao abrir uma nova fronteira, não é fácil mudar as práticas clínicas rotineiras. Há o problema de garantir que as amostras de áudio não venham com excesso de ruído de fundo. Usuários rurais, pouco familiarizados com a tecnologia, podem não conseguir gravar tosses no aplicativo. No entanto, a tecnologia está encontrando apoiadores, incluindo aqueles como a StopTB Partnership, uma organização apoiada pela ONU, que visa acabar com a tuberculose até 2030.
