Para garantir o desenvolvimento saudável das crianças, é necessário estar atento a um ponto significativo: o bom funcionamento do ouvido, da garganta e do nariz. É o que ressalta Rodrigo Pereira, presidente da Academia Brasileira de Otorrinolaringologia Pediátrica (ABOPe) e membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (Aborl-CCF).
O especialista elenca alguns sinais para que pais e responsáveis se atentem aos impactos negativos de possíveis alterações, procurando a avaliação especializada de um otorrinolaringologista.
- Por volta do primeiro aniversário da criança, surgem as primeiras palavras com sentido. A demora nessa etapa pode indicar problemas na audição, bem como pode ser um sinal para se investigar o autismo.
- Falar muito alto, aumentar o volume de aparelhos sonoros e/ou não responder quando chamada pelo nome, pode indicar que a criança está com dificuldade auditiva. O caso pode ser simples – como acúmulo de cera no ouvido – ou mais sério – como inflamação (otite) ou questões genéticas.
- Rouquidão ou dores de garganta constantes podem ser sintomas de alterações anatômicas da laringe desenvolvidas de forma congênita ou de problemas neurológicos, sendo confundidos com resfriados, sinusite e infecção na garganta.
- Respirar pela boca pode indicar rinite alérgica ou quadros como hipertrofia das amígdalas e/ou da adenoide. Esse hábito, caso não tratado na infância, pode provocar deformidades na face, problemas odontológicos, sono ruim e aumento de infecções no organismo.
- Roncar, ter apneias e dormir mal indicam que a criança tem algum distúrbio do sono, sendo que noites bem dormidas são essenciais para o desenvolvimento cognitivo dos pequenos.
