Na última semana, teve início a campanha Agosto Branco de conscientização sobre o câncer de pulmão. De acordo com o diretor executivo da Fundação do Câncer, cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni, são registrados cerca de 30 mil novos casos e óbitos pela doença por ano. “É uma letalidade muito alta”, ressaltou.
Já Luiz Henrique Araújo, oncologista clínico do Instituto Nacional de Câncer (Inca), ressalta que o câncer de pulmão é uma doença “extremamente prevenível”. Ele ainda pontua que a maior parte desse tipo de câncer está associada ao hábito do tabaco, por isso a importância de campanhas antitabagismo.
Tatiane Montella, oncologista torácica da Oncoclínicas no Rio de Janeiro, relembra que o Brasil já foi referência internacional nas suas políticas antitabagistas, mas hoje enfrenta uma nova onda de oferta de tabagismo pelo cigarro eletrônico, que atinge principalmente a população entre 18 e 24 anos. Montella acrescenta que falta entender as consequências na saúde dessa tecnologia, que é recente, ao longo dos anos.
“Mas já está mais do que demonstrado que ele também libera substâncias carcinogênicas e está associado tanto a doenças pulmonares letais não oncológicas, como oncológicas”, afirma Luiz Henrique Araújo.
O médico afirma que a maioria dos casos de câncer de pulmão é descoberta ao acaso, ou seja, é assintomática. O sintoma mais comum é a tosse, que pode piorar e estar associada a sangue no escarro. Outros sintomas menos frequentes são falta de ar, perda ponderal, febre, dor no tórax.
