O Ministério da Saúde anunciou a identificação do primeiro caso da cepa 1b do vírus mpox no Brasil. A paciente, uma mulher de 29 anos que reside na região metropolitana de São Paulo, teve contato com um familiar que veio da República Democrática do Congo, país onde há um surto da doença.
Os sintomas surgiram em 16 de fevereiro e, desde então, a paciente tem recebido atendimento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, onde permanece internada em isolamento. Apesar da gravidade da nova cepa, seu quadro clínico evolui bem, e os médicos preveem alta nos próximos dias.
A confirmação laboratorial ocorreu por meio do sequenciamento genético, que detectou a presença da variante 1b, semelhante às identificadas em outros países. Até o momento, não há registro de novos casos associados a esse diagnóstico, mas a vigilância epidemiológica segue monitorando pessoas que tiveram contato com a paciente.
A cepa 1b do vírus mpox é considerada mais letal do que as variantes anteriores, com taxa de mortalidade estimada em 10%, enquanto a forma anterior do vírus apresenta letalidade de aproximadamente 1%. Esse aumento na gravidade levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a emitir um alerta internacional no ano passado, devido ao avanço da doença em algumas regiões.
O Ministério da Saúde mantém ativo o Centro de Operações de Emergências (COE) para monitoramento da mpox, reforçando a necessidade de medidas preventivas. No ano passado, o Brasil registrou pouco mais de dois mil casos da doença, sem óbitos confirmados. Neste ano, até fevereiro, já haviam sido notificados 115 casos das cepas anteriormente em circulação.
Especialistas alertam para a importância da vigilância sanitária e da adoção de medidas de prevenção para conter a disseminação da nova variante no país.