O Brasil registrou um aumento preocupante no número de afastamentos do trabalho por transtornos mentais, atingindo o maior índice da última década. Dados recentes do Ministério da Previdência Social indicam que mais de 400 mil trabalhadores precisaram se afastar de suas funções em 2024 devido a problemas como ansiedade e depressão. Desses, mais de 255 mil casos foram especificamente relacionados a esses transtornos.
O crescimento desses afastamentos foi significativo em comparação a 2023, quando aproximadamente 283 mil pessoas precisaram de licença por motivos de saúde mental. Especialistas apontam diversos fatores como gatilhos para esse cenário alarmante, incluindo o impacto prolongado da pandemia, que trouxe luto, insegurança financeira e aumento do estresse diário. Além disso, as mudanças no mercado de trabalho e a alta do custo de vida têm agravado a pressão emocional sobre os profissionais.
Para enfrentar essa crise, o governo anunciou mudanças na legislação trabalhista. A partir de maio, entra em vigor uma atualização na Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que determina que as empresas passem a avaliar e mitigar riscos relacionados à saúde mental dos funcionários. Isso inclui fatores como estresse excessivo, assédio e sobrecarga de trabalho.
A necessidade de medidas preventivas e de apoio emocional no ambiente corporativo é evidenciada pela crescente preocupação com o bem-estar psicológico dos trabalhadores. Programas de saúde mental podem proteger os profissionais e também podem contribuir para a produtividade e sustentabilidade das empresas no longo prazo.
