Brain rot: uso excessivo de telas pode causar alterações cerebrais

Exposição prolongada a eletrônicos pode estar associada à redução de massa cerebral

Um novo alerta da comunidade científica reforça as preocupações sobre os impactos do uso excessivo de telas na saúde cerebral. Pesquisas recentes apontam que a exposição prolongada a dispositivos eletrônicos pode estar associada à redução da massa cerebral em regiões ligadas à cognição, memória e controle emocional.

Um estudo publicado na revista Nature Communications analisou imagens cerebrais de milhares de participantes e observou alterações significativas na estrutura do cérebro em indivíduos que passam muitas horas diárias diante de telas. Os pesquisadores identificaram um afinamento do córtex cerebral e uma diminuição do volume da substância cinzenta, áreas fundamentais para o processamento de informações e a tomada de decisões.

Outro estudo, conduzido por cientistas da Universidade de Harvard, sugere que a superexposição a telas pode impactar negativamente a conectividade neural, afetando habilidades como concentração e aprendizado. Os especialistas alertam que a privação de estímulos físicos e sociais pode ser um fator determinante para essas mudanças estruturais no cérebro.

Os pesquisadores recomendam a adoção de hábitos saudáveis, como pausas regulares no uso de dispositivos, estímulo a atividades ao ar livre e interação social face a face. Além disso, destacam a importância do controle do tempo de tela em crianças e adolescentes, que apresentam maior vulnerabilidade a essas alterações.

Com o avanço das tecnologias e a crescente digitalização do cotidiano, especialistas reforçam a necessidade de mais estudos para compreender melhor os impactos a longo prazo e encontrar formas de mitigar os riscos do uso excessivo de telas no desenvolvimento cerebral.

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