Uma equipe médica nos Estados Unidos realizou um feito inédito ao tratar uma bebê com Atrofia Muscular Espinhal (AME) antes mesmo do nascimento. A criança, que hoje tem dois anos e meio, não apresenta sinais da doença e se desenvolve normalmente.
A AME é uma condição genética rara que afeta o sistema motor, causando fraqueza muscular progressiva e podendo comprometer funções essenciais, como respiração e deglutição. A doença ocorre devido à ausência ou deficiência do gene SMN1, fundamental para a sobrevivência dos neurônios motores.
No caso dessa bebê, os pais, que já haviam perdido um filho para a AME, procuraram alternativas quando receberam o diagnóstico durante a gestação. Os médicos decidiram então testar uma abordagem experimental, administrando à mãe um medicamento que estimula a produção da proteína essencial para o funcionamento dos músculos. O tratamento começou ainda nas últimas semanas da gravidez e foi continuado após o nascimento.
O sucesso dessa estratégia abre novas perspectivas para o tratamento precoce de doenças genéticas graves. Pesquisadores agora avaliam a eficácia desse tipo de intervenção para outras condições semelhantes, o que pode representar uma nova era na medicina fetal e na luta contra doenças raras.