Pesquisadores descobriram uma maneira inovadora de combater o veneno de diferentes espécies de cobras usando o sangue de um homem que sobreviveu a múltiplas picadas ao longo da vida. O estudo, publicado nesta segunda-feira (05/05), pode revolucionar o tratamento contra envenenamento por serpentes, especialmente em regiões onde o acesso a antídotos específicos é limitado.
O paciente, um brasileiro que trabalhou por anos com cobras, desenvolveu uma resistência natural após ser picado repetidas vezes. Seu organismo passou a produzir anticorpos capazes de neutralizar toxinas de várias espécies, incluindo algumas altamente letais.
A equipe de cientistas isolou esses anticorpos e, por meio de técnicas de bioengenharia, criou um antídoto de amplo espectro. Testes em laboratório mostraram que a solução foi eficaz contra venenos de jararaca, cascavel e até
O próximo passo é realizar ensaios clínicos para confirmar a segurança e eficácia em humanos. Se aprovado, o antídoto universal poderá ser distribuído em postos de saúde e hospitais em todo o mundo.
Atualmente, acidentes com cobras causam mais de 100 mil mortes anualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O novo tratamento traz esperança para reduzir esse número drasticamente.