O Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou recentemente a criação de uma comissão especial dedicada a estudar a relação entre espiritualidade, religiosidade e saúde. A iniciativa surge em um momento em que cresce o interesse científico sobre como a fé e práticas espirituais podem influenciar o bem-estar físico, emocional e mental dos pacientes.
A nova comissão terá como missão analisar estudos, promover debates e oferecer orientações para médicos de todo o país sobre a abordagem ética e respeitosa do tema no ambiente clínico. Segundo o CFM, a espiritualidade pode ser uma aliada importante no enfrentamento de doenças crônicas, na melhora da qualidade de vida e na promoção do equilíbrio emocional, desde que respeite a autonomia e as crenças individuais de cada paciente.
A presidente da comissão, Dra. Maria José de Oliveira, destacou que o objetivo é “contribuir para uma medicina mais humanizada, em que o cuidado com o paciente não seja apenas físico, mas também emocional e espiritual”.
Pesquisas recentes apontam que pacientes que recebem apoio espiritual em momentos delicados de saúde tendem a lidar melhor com o tratamento, apresentar mais resiliência e demonstrar maior adesão às orientações médicas. No entanto, o CFM reforça que a espiritualidade deve ser abordada de forma sensível e jamais imposta.
A criação da comissão também abre espaço para futuras recomendações sobre como médicos podem, de forma ética e responsável, considerar a dimensão espiritual em consultas e tratamentos, sempre em sintonia com a ciência e o respeito à diversidade.
