Pesquisadores do Reino Unido desenvolveram um tratamento inovador que pode mudar a realidade de crianças com cegueira causada por mutações genéticas. A terapia utiliza a introdução de um gene saudável na retina para restaurar parcialmente a visão, oferecendo esperança para pacientes que antes não tinham opções eficazes.
A técnica consiste na aplicação de um vetor viral que transporta uma cópia funcional do gene AIPL1 diretamente para as células da retina. Esse procedimento tem como objetivo impedir a degeneração precoce dessas células e preservar a capacidade visual dos pacientes por mais tempo.
Os primeiros testes clínicos demonstraram resultados positivos. Crianças que receberam o tratamento apresentaram melhorias notáveis na percepção visual, enquanto os olhos não tratados continuaram a sofrer perda progressiva da visão. Médicos responsáveis pelo estudo destacam que a terapia tem maior impacto quando aplicada precocemente, antes que as células retinianas sofram danos irreversíveis.
Famílias de pacientes tratados relataram avanços na capacidade de reconhecer objetos e responder a estímulos visuais. Além disso, melhorias na qualidade do sono e na adaptação ao ambiente foram observadas, indicando um impacto positivo além da visão propriamente dita.
Especialistas na área destacam que essa abordagem pode representar um marco no tratamento de doenças oculares genéticas. Embora ainda seja um procedimento experimental, a terapia genética abre novas perspectivas para combater formas hereditárias de cegueira, proporcionando uma alternativa promissora para preservar a visão de crianças afetadas por essas condições.