Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que ondas de calor extremo elevam significativamente o risco de morte entre idosos, especialmente aqueles com doenças crônicas como hipertensão, diabetes e Alzheimer.
A pesquisa analisou registros de óbitos no Rio de Janeiro entre 2012 e 2024, revelando que a exposição prolongada a temperaturas superiores a 40°C pode aumentar a mortalidade em até 50%.
Os pesquisadores desenvolveram um indicador chamado “Área de Exposição ao Calor” (AEC), que avalia não apenas a intensidade, mas também a duração do calor extremo. Em novembro de 2023, por exemplo, o índice de calor na capital fluminense superou 44°C por várias horas, e no dia seguinte foi registrado um aumento expressivo no número de mortes entre idosos.
Diante desses achados, especialistas reforçam a necessidade de medidas para proteger grupos vulneráveis, incluindo a ampliação de áreas sombreadas, pontos de hidratação e ajustes em atividades laborais durante períodos de calor intenso.
Com a previsão de aumento das temperaturas devido às mudanças climáticas, pesquisadores destacam que adaptar as cidades para minimizar esses impactos é essencial para a saúde pública.