Exame de sangue pode prever risco de pré-eclâmpsia no início da gravidez

Mulheres com pré-eclâmpsia apresentam um padrão específico de microRNAs

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos, desenvolveram um exame de sangue experimental que pode ajudar a identificar mulheres grávidas com maior risco de desenvolver pré-eclâmpsia, uma condição grave caracterizada por hipertensão que pode prejudicar tanto a mãe quanto o bebê.

Os resultados mostram que mulheres com pré-eclâmpsia apresentam um padrão específico de microRNAs, moléculas curtas de RNA que regulam a função dos genes, em comparação com aquelas com gestações saudáveis.

Os pesquisadores observaram que esse padrão pode se formar já no primeiro trimestre da gravidez, o que abre caminho para a previsão precoce dos sintomas de pré-eclâmpsia e a intervenção médica antecipada.

No estudo, foram analisadas amostras de sangue de 14 mulheres com pré-eclâmpsia, 12 mulheres com gestações saudáveis e 7 mulheres que não estavam grávidas. Os exames identificaram 12 microRNAs em quantidades elevadas e 135 em níveis reduzidos em mulheres com pré-eclâmpsia, quando comparadas às grávidas saudáveis. Segundo os pesquisadores, essas descobertas podem ajudar os médicos a identificar precocemente as mulheres em risco e melhorar a compreensão dos mecanismos que levam à condição.

De acordo com a American Pregnancy Association, a pré-eclâmpsia afeta cerca de 5% a 8% das gestações e geralmente se manifesta após a 20ª semana de gravidez. A condição pode causar insuficiência hepática ou renal na gestante, além de aumentar o risco de doenças cardíacas no futuro. Sem tratamento adequado, a pré-eclâmpsia pode evoluir para complicações graves, como acidente vascular cerebral, convulsões e hemorragias intensas, além de prejudicar o desenvolvimento fetal, resultando em baixo peso ao nascer.

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