Em agosto, foi realizado o primeiro transplante de útero bem-sucedido entre pessoas vivas da América Latina, no Brasil. A paciente, que recebeu o útero da irmã, nasceu sem o órgão por causa da síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser (MRKH).
O procedimento foi conduzido pela Divisão de Ginecologia e pelo Serviço de Transplante de Fígado e Órgãos do Aparelho Digestivo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).
O novo transplante aconteceu em parceria com a equipe chefiada pelo professor sueco Mats Brännström, precursor do procedimento. Na Suécia e no Japão, onde a barriga de aluguel é proibida, essa cirurgia é mais desenvolvida e solicitada.
Segundo informações de especialistas, o procedimento é realizado em mulheres em idade fértil que, por algum motivo, não têm ou perderam o útero; sendo uma alternativa à adoção e à barriga de aluguel.
Quanto aos requisitos para doação e recepção do útero, ambas as pacientes devem ser saudáveis, estar abaixo dos 35 anos e não ter nenhuma doença crônica. Além disso, a doadora deve ter tido pelo menos um filho e não querer mais engravidar.
